quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

                                                       LOUCOS E SANTOS


Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessa os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero respostas, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e aguentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quer só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhos!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.
                                                 (Oscar Wilde)

Desejo menos "normalidade" e mais felicidade a todos...
Menos padrão, e mais emoção.
Menos hipocrisia e mais honestidade.
Menos exclusão e mais justiça.
Menos preconceito e mais aceitação.
Menos egoísmo e mais solidariedade.
Sintam-se mais, vivam-se muito.
Aceitem-se todo.
Conheçam-se em tudo...
Experimentem-se...
E completem-se amando com seu coração.











 Ler significa reler e compreender, interpretar. Cada um lê com os olhos que tem. E interpreta a partir de onde os pés pisam. (Leonardo Boff).